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Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2020
  OLGA, EU e as VIAGENS   (Europa - circa 1750) Há dias, quando acordei a pensar sobre o que haveria de escrever, dei com os olhos no livro que acabara ler e que tanto me fascinara. Chama-se simplesmente “Viagens “e foi escrito por uma senhora polaca de nome Olga Tokarzuc, premio nobel de literatura O meu primeiro encontro com Olga aconteceu com a leitura de “Conduz o teu arado sobre os ossos dos mortos”. Apesar deste título tão arrevesado, gostei do livro logo a partir das primeiras páginas: bem escrito e ao mesmo tempo de leitura leve mas que agarra o leitor. Nele há mistério q.b., personagens interessantes e um desfecho inesperado. Não sosseguei enquanto não comprei este “Viagens”. Aqui as histórias sucedem-se e pessoas e coisas movem-se com destinos e fins diversos, sendo uma das mais curiosas a que relata como o coração de Chopin foi levado, após a sua morte, de Paris para Varsóvia pela irmã. Mas foram os apo...
"Os da minha rua"   “Nós estávamos sempre atentos à queda das nêsperas, das pitangas e das goiabas, e era mesmo por gritarmos ou por corrermos que o Kazukuta acordava assim no modo lento de vir nos espreitar, saía da casota dele a ver se alguma fruta ia sobrar para a fome dele. Normalmente ele comia as nêsperas meio cansadas ou de pele já escura que ninguém apanhava. Mexia-se sempre devagarinho, bocejava, e era capaz de ir procurar um bocadinho de sol para lhe acudir as feridas, ou então mesmo buscar regresso na casota dele. Às vezes, mesmo no meio das brincadeiras, meio distraído, e antes de me gritarem com força para eu não estar assim tipo estátua, eu pensava que, se calhar, o Kazukuta, naquele olhar dele de ramela e moscas, às vezes, ele podia estar a pensar. Mesmo se a vida dele era só estar ali na casota, sair e entrar, tomar banho de mangueira com água fraca, apanhar nêsperas podres e voltar a entrar na casota dele, talvez ele estivesse a pensar nas tristezas da ...
Morreu Julian Bream, (…) músico britânico que levou o violão além de suas raízes espanholas e ajudou a reavivar o alaúde como um instrumento de concerto moderno. (Allan Kozinn, “Folha de São Paulo”, 15 de Agosto de 2020)   Fallecido a los 87 años, fue el principal continuador del legado de Andrés Segovia e inspiró a una generación de laudistas (Pablo L. Rodriguez “El País”, 18 de Agosto de 2020)   La guitare perd l'un de ses plus grands alliés dans le monde de la musique classique. Julian Bream, talentueux musicien britannique est décédé (“Le Figaro”, 18 de Agosto de 2020)   Concertista brillante, attivissimo e versatile era apprezzato per la vivacità e la ricchezza delle sue interpretazioni di un repertorio che copriva 4 secoli dal 1500 ai contemporanei (“Il Giornale d’Italia”, 18 de Agosto de 2020)   Britain had to wait a long time for its great classical guitarist. But the debut at the Wigmore Hall, London, in November 1951 of Julian Brea...
 Hoje, como outros dias e momentos, surgem na mente todos os idosos espalhados pelos lares de Portugal e não só. Fazer comparações? Só quem tenha trabalhado fora do país nos mesmos e tendo regressado a casa, ou seja Portugal, tenha continuado a exercer as mesmas funções. Assim poderá opinar sobre a complexidade desta matéria: os idosos! Já não basta serem empurrados para o confinamento entre quatro paredes, chega o confinamento de uma pandemia chamada covid-19, que os condiciona a uma existência sem 'vida', sem alternativa para outras saídas. As famílias, em geral, já não têm tempo para deles cuidar; cansados por um dia de trabalho, a correria para ir buscar os filhos à escola ou a outras actividades, seguido de outros afazeres domésticos, já não tem paciência ou disposição para cuidar dos seus idosos. No entanto, ainda há quem tenha essa responsabilidade, e custe o que custar, cuidam dos mesmos. Estaremos a ser egoístas?  Estamos a afastar do nosso convívio pessoas com sabedo...

Quando os Cães não Ladram

      “(…) José Calixto é presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, da Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, da Rede Europeia de Cidades do Vinho, da Associação Transfronteiriça Lago Alqueva, do conselho directivo da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central, do conselho fiscal da Fundação Alentejo, da assembleia geral dos Bombeiros Voluntários de Reguengos de Monsaraz, da mesa da assembleia geral da Federação de Bombeiros Voluntários do Distrito de Évora e, claro está, do conselho de administração da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva, dona do lar de Reguengos, onde morreram 17 pessoas. (…)” (João Miguel Tavares, jornal “Público”, 22 de agosto de 2020)          “(…) O PS, bem o sabemos, tem uma longa tradição na arte de distribuir “ jobs for the boys ”, de alimentar a criação de redes familiares na administração pública e de alicerçar o seu poder através de laços tribais (…)”.     ...