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A mostrar mensagens de agosto, 2022
  A Palavra e o Silêncio                A ciência é o conhecimento produzido pela mente humana em interação com a “realidade”, bem como os processos da sua aquisição e verificação, tendo como suporte de validação a experiência.        Será certamente porque a morte, um fenómeno que pela sua natureza não permite a utilização posterior da experiência, muito embora confrontando o homem com ela desde as suas origens, continua a ser espaço mais de dúvida, perplexidade e ignorância do que de saber. E, por consequência, organizando-se o pensamento na base da utilização das palavras, sejam estas escassas relativamente à questão da morte.        Fui há dias confrontado com ela – a minha morte – ao ser atendido pela minha gestora de conta numa instituição bancária. Havia um novo produto ao qual eu era convidado a aderir: nem mais nem menos que um seguro destinado...
  Como Morrem as Democracias        Em vez da morte preferia uma proposta/plano dos autores – Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, professores universitários em Harvard – orientada principalmente para a defesa da democracia, assente desde logo no seu aprofundamento e desenvolvimento. E sobre tal assunto a obra não avança muito. Ficando-se pela ideia de que, se para além dos princípios fundadores inerentes à própria ideia de democracia, vertidos nas constituições, forem acauteladas práticas de bom senso tais como tolerância mútua e autolimite institucional, tudo caminhará sobre esferas e a democracia terá assegurada a glória da vida eterna (a “glória da vida eterna” é minha).        Olhem que não Senhores Doutores, olhem que não! – Assim… prefiro Marx. Embora não seja marxista. Ou melhor: sou-o, no sentido em que sou também muitas outras coisas. O homem não sabia tudo mas sabia por exemplo que a democracia, como qualque...
  Elogio da Homossexualidade        Começo pelo menos interessante que, como se sabe, é a parte já resolvida do problema. Homossexualidade: sim ou não? Saltemos por cima do testemunho de gregos e romanos. Para efeitos de tempos modernos basta-nos Stuart Mill: Sobre a Liberdade . Está lá o suficiente: “(…) A única parte da conduta de qualquer pessoa pela qual responde perante a sociedade, é a que diz respeito aos outros. Na parte da sua conduta que apenas diz respeito a si, a sua independência é, por direito, absoluta. Sobre si, sobre o seu próprio corpo e a sua mente, o indivíduo é soberano. (…) A única liberdade que merece o nome é a liberdade de procurar o nosso próprio bem à nossa própria maneira, desde que não tentemos privar os outros do seu bem, ou colocar obstáculos aos seus esforços para o alcançar. (…)”        Ponto final parágrafo. Quanto ao mais, e em termos meramente subjetivos, afigurando-se-me a homos...