Hoje, como outros dias e momentos, surgem na mente todos os idosos espalhados pelos lares de Portugal e não só. Fazer comparações? Só quem tenha trabalhado fora do país nos mesmos e tendo regressado a casa, ou seja Portugal, tenha continuado a exercer as mesmas funções. Assim poderá opinar sobre a complexidade desta matéria: os idosos! Já não basta serem empurrados para o confinamento entre quatro paredes, chega o confinamento de uma pandemia chamada covid-19, que os condiciona a uma existência sem 'vida', sem alternativa para outras saídas. As famílias, em geral, já não têm tempo para deles cuidar; cansados por um dia de trabalho, a correria para ir buscar os filhos à escola ou a outras actividades, seguido de outros afazeres domésticos, já não tem paciência ou disposição para cuidar dos seus idosos. No entanto, ainda há quem tenha essa responsabilidade, e custe o que custar, cuidam dos mesmos. Estaremos a ser egoístas? Estamos a afastar do nosso convívio pessoas com sabedoria e experiência. Avós que poderiam partilhar belos momentos com os netos, sobrinhos e mesmo outras crianças. Ficamos com a ideia que as rugas, o estar mais lento no raciocínio e outras sequelas da idade, mostram a degradação do nosso corpo físico e por vezes mental; o que parece não ser compatível com a sociedade de hoje, onde todos têm de ser: Elegantes, Bonitos e Jovens! Não podemos esquecer, que foram eles o berço de novas gerações. E os que hoje os colocam de parte, também chegarão a essa condição. Condição essa que chega a toda Humanidade. Todos eles merecem o nosso respeito! Um Bem-haja a todos os contribuíram com a luta pela igualdade social, para a democracia e para o mundo que conhecemos hoje, mesmo não sendo perfeita...
Cecília Pedro
Comentários
Obrigada Cecília.
E como somos um clube de leitura, aproveito para lembrar uma obra, para mim sublime, do Walter Hugo Mãe: " A máquina da fazer espanhóis": a história de um idoso que vai parar a um asilo. Mas não é só a história desse idoso, é também a história de um país, o nosso país,