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Mensagens

A mostrar mensagens de março, 2021
  “Jobs for the boys?” (ou meninas à sala …)        O livro de Patricia Silva não é uma crónica de jornal ou de magazine semanal, como o título – “Jobs for the Boys?” – poderia levar a supor. Trata-se de um ensaio sobre os labirínticos processos das nomeações para a administração pública e do seu contributo para a qualidade da democracia que temos. A autora é doutorada em ciência política e exerce como professora e investigadora na Universidade de Aveiro.      Segundo Patrícia Silva, ao contrário de outras realidades, na Suécia é tal o isolamento entre administração pública e partidos políticos, que não existe tradução possível para a palavra “ clientelismo ”. Em tal matéria, como se sabe, estamos longe de poder dizer o mesmo sobre o que se passa em Portugal. Para além do que seria legítimo numa situação de normalidade democrática – as forças políticas que constituem o governo nomearem os dirigentes de topo para a administração públ...
  “Ficámos a fazer os pratos durante um bocado, a Lydia a divertir-nos com a conversa do costume, o Tommy a fritar mexilhões e camarões em gordura quente – o movimento habitual de uma cozinha com muito que fazer. Depois a noiva voltou a aparecer na porta de vaivém, que tinha ficado aberta. Era loura e estava muito bonita no seu vestido branco virginal. Disse qualquer coisa assim rapidamente ao ouvido do chefe; de repente Bobby começou-se a rir de orelha a orelha, e reparei na pele bronzeada e nos pés de galinha nos cantos dos olhos. A seguir ela foi-se outra vez embora, mas bobby, a tremer visivelmente, virou-se para mim, gritou «Tony! Toma conta disto», e saiu apressado pela porta das traseiras. Só esta incumbência já era um grande acontecimento dentro das nossas funções. Receber ordem para trabalhar no grelhador cheio, tomar o leme mesmo que só por alguns minutos – era a realização de um sonho. Mas a curiosidade tomou conta de todos os que estavam na cozinha. Tínhamos de ir ver. ...
  «Dan Jones é um historiador notável que sabe agarrar e entreter o leitor. É raro encontrar um estudo académico tão fácil de ler.» The Times, Livro do Ano   «Uma envolvente narrativa histórica.» The Washington Post   «Um relato histórico com descrições vivas e irresistíveis de batalhas sangrentas, e momentos de grande emoção. Uma escrita triunfante, tão entusiasmante como se fosse um thriller de ação.» The Guardian   JACQUES DE MOLAY   O 23º e último grão-mestre dos Cavaleiros Templários morre queimado na fogueira a 18 de Março de 1314.   A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão mais conhecida como Ordem dos Templários, Ordem do Templo ou Cavaleiros Templários foi fundada por Hugo de Payens no rescaldo da Primeira Cruzada de 1096 e com o intuito de proteger os cristãos que rumavam a Jerusalém em peregrinação, bem como os reinos cristãos fundados pelas Cruzadas no oriente.   Os seus membros fizeram voto de ...
  Contos Proibidos, Memórias de um PS Desconhecido Há 25 anos saía "Contos Proibidos, Memórias de um PS Desconhecido". O livro esgotou e nunca mais foi reeditado. O regime não proíbe livros mas faz muito para os esconder. Ler “Contos Proibidos: Memórias de um PS desconhecido”, de Rui Mateus, – fundador e ex-responsável pelas relações internacionais do PS, até 1986 – faz-nos perceber como é diferente a justiça em Portugal e noutros países da Europa.   Escrito em 1996, este livro é um retrato da personalidade de Mário Soares, antes e depois do 25 de Abril. Com laivos de ajuste de contas entre o autor e demais protagonistas socialistas, são abordados, entre outros assuntos, as dinâmicas de apoio internacional ao Partido Socialista e, em particular, a Soares, vindos de países como os EUA, Suécia, Itália, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Líbia, Noruega, Áustria ou Espanha.   Soares é descrito como alguém que «tinha uma poderosa rede de influências sobre o aparelho d...
    “A história dos homens é a história dos seus desentendimentos com deus, nem ele nos entende a nós, nem nós o entendemos a ele.” Caim, José Saramago   Em 2009 José Saramago publicou “Caim” e foi alvo de duras críticas. Não era algo de que não estaria à espera depois do sucedido com “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, que o levou a trocar Lisboa por Lanzarote. Por outras palavras: desta vez já sabia ao que ia… O tom do livro é, em grande parte, cheio de humor. Diverte-nos mas faz-nos pensar, ou não fosse Saramago aquele homem que tinha sempre algo a dizer em tom leve mas com profundidade. Caim assassina Abel e é condenado por Deus ao exílio. Nesta obra, a vida errática do personagem é aproveitada par pôr a nu a forma como deus (é mesmo assim, sempre com letra minúscula) põe à prova e castiga os seus filhos. Caim viaja, não no tempo mas em vários presentes, e testemunha os factos mais determinantes do “Génes...